Hackathon Empreendendo Futuro, Maratona de Programação e CTF destacaram jovens criadores, programadores e estudantes que representam o futuro do ecossistema de inovação da região
O Festival Iguassu Inova 2025 encerrou sua programação premiando ideias, talentos e soluções que nasceram do espírito inovador de estudantes e profissionais da região. Em três grandes desafios, Hackathon Empreendendo Futuro, Maratona de Programação e CTF (Capture The Flag), o público pôde testemunhar o protagonismo de jovens que colocaram a criatividade e o conhecimento a serviço da transformação tecnológica e social.
As competições integraram a programação oficial do festival, promovido pelo Itaipu Parquetec com o apoio da Itaipu Binacional, reforçando o papel do parque como impulsionador de talentos e do ecossistema de inovação do Oeste do Paraná.
Hackathon Empreendendo Futuro: jovens inovadores e o poder da diversidade
Realizado de 22 a 25 de outubro, o Hackathon Empreendendo Futuro reuniu estudantes do ensino médio que se destacaram ao longo do programa desenvolvido pelo Itaipu Parquetec, em parceria com o Núcleo Regional de Educação e o SEBRAE. O desafio deste ano teve como tema “Diversidade que transforma: gênero e raça na construção do futuro”, conectando o protagonismo juvenil aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante quatro dias, as nove equipes finalistas desenvolveram soluções inovadoras sobre inclusão, representatividade e impacto social, com o apoio de professores, tutores e mentores técnicos. Na cerimônia de encerramento, o Colégio Sol de Maio conquistou o primeiro lugar com o projeto Geração Inova, que propôs o aplicativo NELOS, voltado à conexão de mulheres empreendedoras com investidores e mentores.
Emocionada com a conquista, Ketlin Vitória Moreira de Souza, integrante da equipe campeã, celebrou o aprendizado: “Ano passado a gente participou e não ganhou, mas aprendemos muito. Voltamos diferentes e conseguimos o primeiro lugar. É um sentimento único!”
Maria Eduarda, também integrante do grupo, explicou que a proposta do time nasceu de uma inquietação em relação à desigualdade de gênero no empreendedorismo. “A gente quis olhar para a desigualdade da mulher dentro do empreendedorismo. É uma forma de fazer com que essas ideias incríveis encontrem apoio para se tornarem realidade.”
Ao explicar a motivação do projeto, Mateus destacou o propósito de usar a tecnologia de forma positiva, transformando o impacto das redes sociais. “As redes sociais estão nas mãos de todos e, muitas vezes, acabam potencializando inseguranças. Nosso objetivo foi fazer o contrário: usar a internet para gerar oportunidades e fortalecer as pessoas.”
Orgulhosa, a professora Sônia destacou a importância do acompanhamento docente e do incentivo constante durante o processo de criação. “A construção é toda deles, mas o incentivo dos professores faz diferença. Estar ali, dizendo ‘eu estou aqui’, impulsiona. Eles persistiram, não desistiram e mostraram que a ideia tem potencial real de aplicação. Eu acredito que não vai parar por aqui.”
O segundo lugar ficou com o time Eco Teens, do Colégio Costa e Silva, e o terceiro com a Inova Team, do Colégio Flávio Warken.
Apesar das três colocações, uma notícia motivou a todos os presentes. Foi anunciado durante a premiação uma continuidade do projeto: “Todos vocês são vencedores. As nove equipes serão convidadas a seguir com a nossa equipe em um processo de mentoria e pré-incubação. Queremos transformar essas ideias em startups reais”, anunciou Eduardo de Miranda, diretor de Negócios e Empreendedorismo do Itaipu Parquetec.
Para o gerente do SEBRAE, Gustavo Acosta, o programa é uma semente de transformação: “A cultura empreendedora é a chave para que a gente tenha um ambiente melhor, com pessoas melhores. Esse projeto vai além das ideias, ele contribui para a formação e o caráter desses jovens.”
Maratona de Programação: lógica, colaboração e novos talentos
No sábado (25), o Itaipu Parquetec sediou a Maratona de Programação Iguassu Inova/Latinoware, organizada pelo grupo Maratona Unioeste (MU). Durante cinco horas de prova, equipes formadas por até três integrantes resolveram 13 desafios computacionais que exigiram lógica, domínio de algoritmos e trabalho em equipe.
Mais do que uma competição técnica, o evento celebrou a colaboração e o aprendizado coletivo, marcando também uma nova fase: pela primeira vez, a maratona ocorreu dentro da Latinoware e em parceria com o Festival Iguassu Inova. A parceria entre Unioeste, Itaipu Parquetec e Itaipu Binacional prevê a concessão de bolsas de estágio para seis alunos.
“É uma experiência muito bacana, não só pela prova, mas pela integração das pessoas e instituições da região. Quero voltar nas próximas edições”, comentou o professor Ricardo Oliveira, da UTFPR Toledo.

Para Ângelo Man de Oliveira, estudante de Inteligência Artificial e Engenharia de Software na UFPR, participar foi inspirador: “Gosto muito de resolver problemas de algoritmos. Dá uma sensação muito boa quando a gente encontra o padrão certo. Pretendo voltar na próxima.”
A expectativa é de que a Maratona de Programação se torne uma tradição anual dentro do Iguassu Inova, fortalecendo o engajamento de universidades e estudantes do Oeste paranaense.
O primeiro lugar da maratona de programação ficou com a equipe da Unioeste, formada por: Amós Hsieh Carneiro Garcia, Carlos Eduardo Savio Penteado e Eduarda Gonçalves da Cunha – coach Antonio Marcos M Hachisuca.
CTF: desafios que estimulam o raciocínio e a cibersegurança
O CTF (Capture The Flag) reuniu 27 participantes em duas etapas, uma online, no dia 23, e outra presencial, no dia 24. O desafio colocou os competidores diante de enigmas e problemas de segurança digital que exigiam agilidade, estratégia e conhecimento técnico.
A equipe Templo, formada por Rodrigo Caio Koelln Alfonsin e Tassiane Anzolin, ambos da UTFPR Medianeira, conquistou o primeiro lugar, seguida pelas equipes Mrluc4s e Hackabib5.
“Foi meu segundo CTF, e estou muito feliz com a vitória. A experiência é desafiadora e empolgante. Quero voltar no ano que vem e competir de novo”, afirmou Rodrigo.
Tassiane destacou o aprendizado e o incentivo universitário: “Os organizadores foram até a nossa universidade apresentar o evento e nos convidaram. Viemos em times separados, mas acabamos nos juntando e deu certo. Foi muito legal e enriquecedor.”
Encerramento com propósito
Os três eventos sintetizaram o propósito do Festival Iguassu Inova: conectar pessoas, conhecimento e oportunidades. Ao reunir estudantes, professores, empreendedores e instituições, o festival mostrou que a inovação nasce da colaboração e do incentivo às novas gerações.



