Naviraí (MS) sediou a primeira edição do Encontro Vida na Água no estado, um marco na implementação das ações presenciais do convênio realizado pelo Itaipu Parquetec, em parceria com a Itaipu Binacional e o Governo Federal do Brasil. A iniciativa faz parte das metas do Convênio Vida na Água, projeto que busca promover o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal e da aquicultura familiar na área de influência da usina, abrangendo municípios do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
O evento reuniu pescadores, aquicultores, lideranças regionais, colônias e associações, além de instituições parceiras, para apresentar as ações do convênio, promover assessoria técnica e oferecer informações estratégicas para o fortalecimento do setor. A programação contou com palestras, demonstração de tecnologias acessíveis, nivelamento de informações e um espaço de diálogo direto com as comunidades pesqueiras.
Um projeto inovador para transformar o setor pesqueiro
O Vida na Água tem como propósito realizar um diagnóstico aprofundado do setor pesqueiro e aquícola, identificar instituições representativas, como colônias, associações e federações, e mapear os pescadores artesanais e aquicultores que atuam na região. O levantamento inclui dados socioeconômicos, necessidades, desafios e prioridades das comunidades.
O convênio prevê ainda assistência técnica especializada, apoio na elaboração de propostas para participação em editais de fomento, criação de estratégias de gestão, capacitações, oficinas e o desenvolvimento de uma plataforma digital inteligente, que disponibilizará dados estratégicos para orientar decisões e ampliar oportunidades de mercado.
Ao final, estima-se que mais de 10 mil pescadores e suas famílias sejam diretamente beneficiados, com maior acesso a políticas públicas, tecnologias sustentáveis, linhas de crédito, capacitações e melhores condições de organização e comercialização.
Segundo Adriana de Oliveira Gularte, coordenadora do convênio pelo Itaipu Parquetec, a escolha de Naviraí para sediar o primeiro encontro no Mato Grosso do Sul foi estratégica. “Naviraí foi escolhida por estar em uma área central, o que facilitou a vinda dos municípios da região e ainda tem forte presença da pesca artesanal e da aquicultura familiar. O encontro simboliza a chegada das ações da Itaipu ao estado e abre caminho para o diagnóstico socioambiental e econômico do projeto, aproximando equipe técnica, pescadores e aquicultores.”

O encontro foi sediado no Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS), Campus Naviraí, instituição que mantém projetos de apoio direto ao setor aquícola. Em sua fala, o diretor-geral do campus, professor Wagner Antoniassi, celebrou a parceria: “Fiquei muito feliz em receber essa primeira edição do evento. O IFMS abriu as portas para toda a comunidade da região. Temos aqui um projeto muito bonito com tanques elevados de geomembrana, uma tecnologia acessível aos pequenos produtores, e é importantíssimo divulgá-la.”
Vozes do território: pescadores e aquicultores relatam expectativas e desafios
Para Ezequiel Silva, pescador da Colônia Z16 de Itaquirai, o encontro trouxe clareza e perspectivas: “Participamos para ver o que está acontecendo e quais meios podemos ser beneficiados. Esse encontro serviu para esclarecer dúvidas, apresentar nossas dificuldades e buscar soluções com apoio do projeto. A equipe do Vida na Água está à disposição, e isso nos dá esperança de futuro.”

A presidente da Colônia Z15, Juliana dos Santos Araújo, de Porto Caiuá – Naviraí, ressaltou o impacto emocional e organizacional proporcionado pelo encontro: “Sempre víamos projetos acontecerem em outras áreas e achávamos que não eram acessíveis para nós. Hoje percebemos que podemos dar o primeiro passo. O evento trouxe união e mostrou o quanto somos fortes juntos. Agora vemos que também podemos sonhar e realizar nossos projetos.”

Sobre o Itaipu Parquetec
Como instituição executora do convênio, o Itaipu Parquetec tem papel central na articulação territorial, no desenvolvimento tecnológico e na oferta de assistência técnica qualificada, trazendo a visão de uma cadeia produtiva sustentável, inovadora e alinhada às demandas reais das comunidades pesqueiras.


