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Workshop apresenta resultados sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu

Workshop apresenta resultados sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu.

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Evento reúne Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e universidades parceiras para discutir avanços científicos e próximos passos de projeto pioneiro sobre emissões de gases de efeito estufa em reservatórios

A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec promoveram, na quarta-feira do dia 29 de outubro, o Seminário de Apresentação dos Resultados do Convênio “Estimativa do balanço de carbono no reservatório de Itaipu e sua relação com a biodiversidade, com ênfase nos microrganismos”. O evento aconteceu no auditório do Centro de Recepção de Visitantes (CRV) de Itaipu, durante todo o dia, e teve como o objetivo divulgar os principais resultados obtidos até o momento pelo projeto.

O workshop reuniu representantes da Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec, universidades parceiras, pesquisadores, bolsistas e estudantes para a apresentação dos resultados técnicos e científicos alcançados ao longo do convênio, destacando inovações, impactos, formação de recursos humanos e articulação interinstitucional. Além de divulgar os avanços da pesquisa, o encontro busca definir estratégias colaborativas para as próximas etapas do projeto.

Logo no início do workshop, o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu Binacional, Gilmar Eugênio Secco, ressaltou que o projeto ganha relevância em um momento em que o Brasil se projeta como referência global nas discussões sobre mudanças climáticas e transição energética, especialmente diante da realização da COP30. “A parceria entre Itaipu, Itaipu Parquetec e as universidades reafirma o protagonismo da usina em temas ambientais estratégicos, amplia o conhecimento sobre o reservatório, fortalece nossa base de dados e consolida o compromisso de Itaipu com a sustentabilidade e a transição energética”, explicou.

Workshop apresenta resultados sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu.
“A parceria entre Itaipu, Itaipu Parquetec e as universidades reafirma o protagonismo da usina em temas ambientais estratégicos […]”, explica o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu Binacional, Gilmar Eugênio Secco.

O diretor de Tecnologias do Itaipu Parquetec, Alexandre Leite, apresentou ainda a relevância do projeto dentro do cenário de transição energética e inovação ambiental. Segundo ele, o convênio reforça o compromisso do Parque em promover soluções que unem ciência e sustentabilidade. “É um trabalho de enorme valor, que desperta curiosidade e gera aprendizados fundamentais sobre os processos naturais e tecnológicos que impactam nosso futuro. Parabenizo todos os pesquisadores, bolsistas e parceiros pelo empenho e pelos resultados alcançados até aqui”, disse.

Workshop apresenta resultados sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu.
Logo na abertura, o diretor de Tecnologias do Itaipu Parquetec, Alexandre Leite, conduziu algumas palavras aos presentes.

Um projeto inédito no Brasil

O convênio é considerado pioneiro no país ao realizar um estudo sobre o balanço de carbono no reservatório da Usina de Itaipu. Com investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, o projeto envolve 37 pesquisadores e 13 bolsistas, em parceria com cinco universidades: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Universidade Federal do ABC (UFABC).

A gestão do convênio é conduzida por Jussara Elias de Souza, pela Itaipu Binacional, e Milena Cornelio Olivi, pelo Itaipu Parquetec, que atuam na coordenação técnica e institucional das ações e no acompanhamento das etapas do projeto, além da supervisão técnica do Laboratório Integrado de Pesquisas Aplicadas do Parque, por Bianca do Amaral.

O professor da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) campus Poços de Caldas, Gunther Brucha, explicou que o projeto reúne três grandes frentes de pesquisa dedicadas a compreender o ciclo do carbono no reservatório de Itaipu. Enquanto os grupos do professor Roger Paulo Mormul (UEM) e do professor Nathan Barros (UFJF) investigam, respectivamente, a biomassa e as emissões de gases, a equipe coordenada por ele foca na microbiologia do sistema.

O foco da pesquisa é avaliar o balanço de carbono do reservatório, determinando o potencial de emissão de gases de efeito estufa (GEE), em especial o metano, e compreender o papel dos microrganismos nos processos de produção e consumo desses gases. Os resultados contribuem para ampliar o conhecimento sobre os ecossistemas aquáticos e os fatores que influenciam o aquecimento global.

“Nosso objetivo é identificar quais microrganismos estão envolvidos na produção e no consumo de metano e compreender como atuam nesse equilíbrio”, detalhou Gunther. Segundo o professor, o trabalho busca, inclusive, reproduzir em laboratório as condições do reservatório para desenvolver soluções tecnológicas capazes de reduzir a liberação do gás. “Eventos como este são fundamentais para alinhar resultados e planejar os próximos passos do projeto, que já começa a revelar informações inéditas sobre a dinâmica microbiana do reservatório de Itaipu”, completou.

Segundo o professor Roger, o workshop é uma etapa essencial de integração entre as equipes e instituições envolvidas. Ele explica que, por se tratar de um projeto de grande porte, a troca de informações e o alinhamento entre as frentes de trabalho são fundamentais para garantir resultados consistentes e aplicáveis. “Esses encontros permitem apresentar dados, integrar diferentes perspectivas e direcionar o projeto de forma mais assertiva, fortalecendo a parceria entre Itaipu, Itaipu Parquetec e as universidades”, destacou.

Workshop apresenta resultados sobre balanço de carbono no reservatório de Itaipu.
Professor Roger Paulo Mormul (UEM) em apresentação de alguns dos dados do convênio.

“Cada grupo contribui com uma parte específica do conhecimento, e encontros como este permitem unir essas peças, como em um grande quebra-cabeça, para revelar uma visão completa do sistema”, detalhou o professor Nathan. Ele compreende que este é um trabalho ambicioso e reúne grupos de pesquisa de diferentes áreas, com o uso de metodologias inovadoras para entender de forma integrada o funcionamento do reservatório.

Fotos: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec

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